sábado, 17 de outubro de 2009

NOVO DESVIO: AS CIDADES E AS IMAGENS - Aula do dia 19/10

Olá pessoal!

Gostaria de lembrá-los que farei os encaminhamentos da aula de segunda, dia 19/10. Assistiremos ao curta Paisagem urbana: um olhar sobre a Ilha.

O teaser está no youtube e no email ao grupo ficou incompleto, segue abaixo:



Os textos que iremos discutir estão na pasta, mas há dois deles disponíveis em nosso blog:

O texto A rua e seus personagens, de Maria Stella Bresciani (somente na pasta) e o conto O homem da multidão, de Edgar Allan Poe.
Texto complementar: PAISAGEM URBANA: história e memória no documentário de Pedro MC, de Karen Christine Rechia.

Bom findi!!!!

Rococó Urbano

É verdade que vale postar poemas também?! Porque lá vai um. Escrevi tentando lembrar de conceitos das aulas. Espero que gostem. E espero que comentem, também.

Se quiserem, entrem no meu site depois. Tem mais alguns poeminhas que escrevi.

Rococó Urbano

São partes conjuntas de obra fenomenal;

são momentos aproveitados em tempos inesquecíveis;

são lajotas do vidro:

os edifícios São Vito e Mercúrio.


Pequenas peças compostas de histórias,

compostas de vidas, compostas de histórias,

compõem uma obra de arte. Poucos

têm coragem de apreciar a beleza do abandono.

Maldita vida da imagem perfeita! Não

importa ser. Importa parecer.


Teóricos, pseudo-cultos, pagam caro para ir ao museu,

ver obra narrada por um só.

De graça, no meio da cidade, jaz a obra mais bela

mais pura, mais simplesmente complexa que os homens podem

construir. O material?

Depredação.


Ah, se Johann Michael Fischer pudesse fazer obra tão pura.

Os anjos, meu amigo, não são como queremos que sejam.

Paredes de histórias são. Elas, não mentem conforme a visão

deturpada deseja. Elas narram, parte por parte,

alicerce por alicerce, verdades.


E, assim, ignorada pela sabedoria moderna, a obra

mais linda e pura espera. Sua realidade

assusta os olhos da imagem retratada, do desenho irreal.

Está para ser destruída, é pena.

Destruam o quadro falso sobre suas cabeças!

Deixem que a vida se conte, na eternidade de seu

rococó urbano.


Daniel Nascimento