sábado, 28 de novembro de 2009

Isto não é um cachimbo, Renné Magritte, 1928


A obra de Renné Magritte, pintor surrealista belga, traz alguns questionamentos sobre a imagem como uma representação da realidade. O objeto em si não existe na pintura, é apenas uma representação bidimensional, uma tela coberta de tinta. Assim como a fotografia, a pintura (quando figurativa) também é um meio no qual a realidade deixa resquícios reconhecíveis, porém tornam-se portais para um novo conhecimento, um novo olhar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O olhar e as imagens...



Link para ver um trecho: http://www.youtube.com/watch?v=ly8NORlsKt8

"Janela da Alma", de João Jardim e Walter Carvalho, é um documentário que segue o postulado de Giannotti. Ele enfrenta um tema abstrato, a visão, sem os travos do subdesenvolvimento.

Os diretores pensam grande já no título, que alude à frase de Leonardo da Vinci: o olho é a janela da alma, o espelho do mundo.

O resultado é um filme que enriquece a visão que se tem da visão. Os 19 entrevistados, com graus de acuidade visual que vão da miopia à cegueira, discorrem sobre ver, não ver e ver de maneira única, intransferível.

O leque de entrevistados é amplo. Entre eles estão o músico Hermeto Pascoal, o escritor José Saramago, a atriz alemã Hanna Schygulla, o poeta Manoel de Barros, a cineasta Agnès Varda, o neurologista inglês Oliver Sacks.

Absolutamente tudo o que dizem ou fazem é pertinente e interessante. Não há enrolação, não se desperdiça imagem ou silêncio.

A abstração também é confrontada com visões bem concretas. O vereador cego Arnaldo Godoy, de Belo Horizonte, conta com ótimo humor como é a vida sem enxergar nada. O filósofo esloveno Eugen Bavcar, também ele cego, mostra como tira ótimas fotografias. É preciso ver para crer.

Seria fácil, num filme como esse, cair na abstração pretensamente poética -citando Bergson, Borges, Milton e quetais- e dela não sair. Ou então ir para o pólo oposto, enfileirando esquisitices uma após a outra.

"Janela da Alma" está longe, contudo, de ser um filme de tese. Ele é uma expressão pessoal. João Jardim (diretor de documentários como "Terra Brasil" e "Free Tibet") e Walter Carvalho (diretor de fotografia de "Abril Despedaçado") são duas toupeiras míopes: o primeiro usa óculos de 8 graus; Carvalho, 7,5.

Eles vêem pouco, mas enxergam muito: "Janela da Alma" é um filme luminoso.

JANELA DA ALMA
Direção: João Jardim
Produção: Brasil, 2001
Com: José Saramago, Wim Wenders
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/critica/ult569u741.shtml


domingo, 22 de novembro de 2009

- Força!

Recebi por email tal imagem que me remeteu às discussões das últimas aulas.. Eis!
Acontecido em Porto Velho, Rondônia... Tronco transformado em poste re-vida!
Real? Surreal? Irreal?