domingo, 6 de dezembro de 2009

trabalho Fabio 981092


Quando tirei esta foto da serra do Lupo em Minas Gerais tentei focalizar os dois indivíduos, mas por inexperiência em tirar fotos, a parte da foto que ficou mais focalizada foi essa mancha amarela vista na rocha. Nesta rocha podemos ver três indivíduos sobre o topo de um precipício, pois logo após essas pessoas tem-se um precipício não sei dizer a altura exatamente, mas creio eu que aproximadamente 100 metros na vertical. Na paisagem ao fundo temos uma mata fechada praticamente nativa da serra da Mantiqueira.
Wenceslao Machado de Oliveira Jr diz no texto paisagem de fundo que “Em nossas grandes cidades a localização do inferno não é somente nas profundezas,
mas no alto, nos morros.” De certa forma eu concordo que nas grandes cidades como o Rio de Janeiro a localização do inferno é no alto dos morros, mas isso se for pensado nas estruturas das classes sociais. Mas olha só que contrariedade, uma foto de cima do morro de uma pequena cidade que é Extrema, para quem gosta de natureza, não é o paraíso? Mas para ressaltar, não fiz nenhuma anologia como o professor fez em seu texto, no qual foi feito uma relação com algo televisivo. Eu somente fiz uma comparação de minha foto com a primeira foto de Wenceslao do texto dele.
Wenceslao em seu texto também diz: “A segunda observação diz respeito ao sentido dado ao fundo de cena. Utilizo a expressão fundo de cena não apenas para aquilo que está ao fundo, em planos distantes do espectador, mas sim para aquilo que emoldura, que constitui o cenário no qual os personagens agem.” Na minha opinião Wenceslao quis fazer uma analogia com os indivíduos de sua foto, os favelados em primeiro plano, com a favela com suas ruas, barracos e vielas, a morada dos favelados.
Já em minha foto que relação poderíamos fazer? Talvez estudantes de biogeografia em uma interação com o lugar e seu ambiente ao redor, e não como tais habitantes da região.

Um comentário:

  1. Nesta fotografia, o fundo de cena nos diz da exuberância e magnitude da natureza frente à pequenês (pequenez?) humana. Os elementos naturais extrapolam a imagem e indicam uma continuidade grande para além das margens do quadro em termos de extensão horizontal; além disto, a enorme diferença de tamanho entre as pessoas e as árvores indica a extensão vertical que os separa, o precipício que é a grande ameaça presente na imagem. No entanto, a exemplo do que fazia o pintor Karl Frederich, há um nítido descompasso entre a paisagem natural e as roupas vestidas pelas pessoas, fazendo com que seja também nítida a separação entre elas e o ambiente que as cerca, levando-nos a pensar que este fundo de cena não é o da vida deles, mas apenas um lugar onde estão de passagem, vieram admirar o que não é parte deles em seu cotidiano. Para aumentar ainda mais a semelhança desta fogografia com os quadros do pintor alemão, todos os personagens humanos estão de costas, admirando a natureza.

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