terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Trabalho Final - "A FAMÍLIA"

Esta é a imagem que escolhi, um quadro da pintora Tarsila do Amaral, do qual gosto muito.
Bom, é uma imagem que me remete a família, como o próprio nome do quadro diz, uma família convencional com pai, mãe filhos, avós, tios e tias e até animais que compõem o ambiente familiar.
No meu entendimento, a pedagogia desta imagem está no que ela nos chama a atenção com a intenção de nos mostrar algo, que no caso é a composição de uma família convencional, pois hoje em dia, a família não precisa ser nececessariamente formada por pai, mãe e filhos. Age politicamente como prova de uma estruturalização da família, com um propósito.
É uma imagem bastante colorida e com traços bastante arredondados, como todos os outros quadros da Tarsila do Amaral.

2 comentários:

  1. Além de revelar a estrutura familiar, a imagem me revela também os papéis sociais da época:
    A figura masculina representando o chefe da família segurando uma ferramenta, o que ainda mostra a etrutura arcaica do ambiente rural que ainda não foi mecanizado, enquanto a matriarca amamenta mais um dos filhos da família, que no caso, serão futuros trabalhadores da terra também. Apesar das cores, as expressões são sérias, não há ninguém sorrindo, se a pintura fosse com cores mais sóbrias, a mensagem pedagógica seria mais melancólica. Bom...essa é a minha visão, que confesso ser bastante influenciada pelos fatos históricos e sociais.

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  2. Este talvez seja um quadro onde poderíamos intuir a "influência" da fotografia na pintura. Digo isto a partir do enquadramento da família feito na pintura ser semelhante à tradição das fotos de família (posição de adultos e crianças, as expressões sérias, ninguém fora do enquadramento e nada mais incluído na imagem que não seja os corpos das pessoas). Mas a semelhança termina aí, pois a família aqui pintada é pobre (os pés descalços), negra, umbandista (o cachimbo), o que a torna efetivamente um contraste com a tradição fotográfica branca e burguesa. Para ampliar o contraste, a mãe amamenta, as crianças de perfil não têm olhos e a que está à direita tem posição, pés e mãos que remetem ao Abapuru da mesma pintora. Por isto, entendo esta pintura muito mais como uma crítica à família tradicional que um enaltecimento da mesma.

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